CRÔNICA MADEIRENSE
Aqui, a terra sempre se acaba e o mar está sempre a começar. A vertigem nas curvas dos caminhos, nas casas construídas sobre penhascos, ópio para a falta de distâncias e horizontes. Cores e luz. A luz, a luz... magia, convite à embriaguez pela beleza. Em ritmo de outros tempos, as freguesias quase fantasmas dormitam sua solidão e são parte integrante da natureza.
Cava-se, aduba-se, rega-se em silêncio. Apenas o rumor do mar ao fundo, incessante canção de uma só nota.
Resta aos madeirenses o vinho, a festa e a fé, energia e combustível contra o elo sufocante da terra sem continuação.
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