Confesso que foi uma emoção grande ver com olhos de
ver e sentir as águas escuras do Rio Amazonas, assistir ao ir e vir das ondas e marés desse
mar de água doce
observar a placidez de sua vida ribeirinha. Aqui, as águas regulam a vida
a vida no ritmo das águas
Outra
interessante experiência, foi, no local assinalado (um belo monumento
denominado Marco Zero), poder "imaginar" que estava com um pé no
Hemisfério Norte e outro no Hemisfério Sul ou, melhor ainda, "no meio do
mundo", Latitude 00°, nem mais nem menos!
Assim como o
monumento, o estádio de futebol Milton Correa, conhecido como "Zerão",
foi construído de tal forma que essa linha imaginária o divide ao meio o que significa
que, numa partida de futebol, cada time
joga num Hemisfério diferente.
Outro dado curioso: não existe ligação ferroviária
nem rodoviária com Macapá, Só se pode chegar lá por barco ou avião. O rio, o
grande Rio Amazonas, a separa do Continente (ou, melhor,a une ao Continente, já que ali, culturalmente, o meio natural de transporte é o fluvial). Outro
dado interessante: a partir de meados
dos século XIX, quando o Marquês de Pombal ordenou que ali, à entrada do Rio
Amazonas fosse construída uma fortificação, o Amapá era apenas uma cidade que, somente a partir de 1943, foi transformada em Território. Finalmente em 1988, quando da
nova Constituição Brasileira, o Amapá tornou-se um "estado" da
Federação. Assim, o Amapá é um jovem estado brasileiro de apenas 25 anos. O total
da população do Amapá é de 735.000 hab., dos quais 60% estão na Capital. Só
para dados de comparação, minha cidade de Santo André, que pertence à região
metropolitana de São Paulo, possui quase a mesma população daquele estado, só
que numa extensão territorial totalmente desproporcional, ou seja, o Amapá, com
seus 16 municípios, abrange uma área de 142.814 km2 e Santo André, um dos 645
municípios do Estado de São Paulo, tem uma área de apenas 175 km².O jovem estado brasileiro, na realidade, permanece
em (quase) tudo, na condição de "território", posto que depende economicamente da
União. Tive certeza disso quando, ao chegar, perguntei ao taxista (eles são sempre o grande "estetoscópio" das cidades) o que
impulsionava a economia ali e ele secamente respondeu: o
"contracheque", ou seja, o salário do maior empregador, o governo
federal. A saída possível, seria um grande investimento em turismo que, lamentavelmente, está longe de existir. Atrações e exotismo para oferecer ao visitante é o que não falta.
Este louco Continente chamado Brasil, único, mas tão diverso em sua singularidade, desproporcional e ainda longe de ser igualitário socialmente, está, como se vê, ainda a ser construído. Lentamente se construindo e reinventando e é justamente isso que o torna fascinante e desafiador.
Fico por aqui, ainda que haja muitas outras curiosidades e atrações para serem contadas e apontadas, como a maravilhosa Fortaleza de São José
e em boa medida, com sua edificação original
Este louco Continente chamado Brasil, único, mas tão diverso em sua singularidade, desproporcional e ainda longe de ser igualitário socialmente, está, como se vê, ainda a ser construído. Lentamente se construindo e reinventando e é justamente isso que o torna fascinante e desafiador.
Fico por aqui, ainda que haja muitas outras curiosidades e atrações para serem contadas e apontadas, como a maravilhosa Fortaleza de São José
Estas admirável construção, erguida em 1764
abrigando dentro de suas fabulosas muralhas, uma verdadeira "cidade"
Muito haveria para dizer do Museu Sacaca do Desenvolvimento Sustentável
e seu ambiente "cenográfico" da vida local (indígena, folclórica, urbana...) que interage com a comunidade e chama para "mostrar" suas culturas
Dalila, obrigada mais uma vez por compartilhar conosco as suas aventuras. Verdadeiro guia de viagem, ou melhor, estimulante de viagens! Você me deixa sempre com vontade de conhecer esses lugares! Um beijo!
ResponderExcluirE você sempre me deixa feliz com sua leitura. Abraços e... viajemos, pois.
Excluirdalila
"Las aguas regulan la vida" y "la vida al ritmo de las aguas" poéticas miradas que nutren mis imágenes... Gracias Margarita ( disculpas si aparezco como anónimo gran contrasentido pero es la única manera en que puedo enviar el comentario)
ResponderExcluirObrigada, Margarita, por suas sempre gentis palavras e leitura generosa. Quanto ao "Anônimo", tente "Nome URL". Neste você digita seu email e nome e clica em "publicar" nada mais. Boa sorte (caso não consiga, fica assim mesmo. Abraço saudoso
ExcluirSuas aventuras, como sempre, aguçando este meu apetite insaciável em me perder, mais e mais, nesse tão belo e generoso "Continente"
ResponderExcluirGrata por compartilhar esse caminhar
p.s. espero que este comentário não fuja como o anterior :)
Sumiu?! Como assim?! Juro que não o vi por aqui! (coisas cibernéticas). De qualquer forma, fico feliz por sua visita e comentários sempre bem vindos. Abraço forte e saudoso
ExcluirSaudaçoes Insulares
ResponderExcluirEspero que o" time" do hemisferio sul esteja a jogar a 100%
Por aqui, entre tempestades, vai dand o para conhecer as 11 capitais do arquipelago.
Tudo de bom, desde a janela de casa ao outro hemisferio.
Um GRANDE abraço.
Fabio
E não é que este comentário havia escapado à escriba? Feliz, muito feliz por sua visita, Fábio. Abraço forte e saudoso a você, à Liliane e ao André Simão.
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