Ontem,
15.09, Hugo Gallet, o artista residente que, há anos, faz parte do cenário da
Livraria Alpharrabio, aniversariou. Ali pintou e desenhou dezenas e dezenas de
trabalhos que sempre impressionam, não só pela técnica admirável (luz, sombra,
perspectiva) que domina, mas pela prodigiosa imaginação. Não há, nem nunca
houve, modelo nenhum para suas telas ou desenhos em papel, tudo vem do
imaginado e da vasta cultura do artista.
Nos
últimos dias, andei a mexer em velhos originais e encontro este poemeto, nele
inspirado, num diário manuscrito de 2013 que publico abaixo, em forma de
singela homenagem ao amigo. Vai também a imagem de seu mais recente e magnífico
trabalho. A foto, amadora e de péssima qualidade, é minha, e talvez não dê
ideia da maravilha que é esse trabalho, mas serve como convite para apreciá-la
ao vivo, pois ainda se encontra no ateliê, digo, na livraria
o
pintor e a última
pincelada na biblioteca
imaginária
pincelada na biblioteca
imaginária
a
espada - punctum
os livros - o campo
cego, para os que
não querem ver
os livros - o campo
cego, para os que
não querem ver
o
pintor está cansado
retirou vidas
do seu viver
deu vida a seres
(aparentemente)
inanimados
retirou vidas
do seu viver
deu vida a seres
(aparentemente)
inanimados
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