A enorme escritora brasileira segue, eternamente bela, inserida no melhor de nossa literatura e comemora hoje seus 98 anos. Eterna, já!"
“ -Nunca chegamos a um estado tão agudo de crise como este que estamos atravessando, pelo menos, lançando o olhar em retrospectiva brasileira. Nós precisamos sair dele o mais rápido possível porque não estamos mais aguentando tanta pressão(...) O povo agora entrou de peito aberto... (...) Eu vou me aguentando, mas de repente eu vou pra rua. É uma necessidade de sentir o pulsar. É como se o próprio pulso precisasse sentir o latejamento lá fora para combinar com este latejamento meu. Eu, como intelectual, como escritora, me vejo comprometida com o povo.” LGT, 1992
Desculpem a autorreferência, mas impossível não lembrar que foi no dia 14.9.1983 que encontrei-me pela primeira vez com Lygia.
Combinamos que iríamos de roupa xadrez, o auge da moda naquele momento
(mentira, minhas pernas tremiam e o xadrez foi mera coincidência, rss)
A última vez que a encontrei pessoalmente foi em setembro de 2015, na
Academia Paulista de Letras, ocasião da posse do amigo José de Souza Martins.
Aos 92 anos, ainda se locomovia com alguma desenvoltura e, míope que jamais
usou óculos em público, precisava se aproximar muito do seu interlocutor para
reconhecê-lo. Guardo-a na memória de
todos esses momentos, bem como nos seus livros, sempre relidos, sempre
renovados a cada leitura.
Bem haja, Lygia Fagundes Telles!
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